Reconstrução de maxila atrófica severa com Rh-BMP para implantodontia

Autores

  • Letícia Maria Correia Pimentel, Suellen Fernandes Santana
  • Clarisse Samara de Andrade, Antônio Soares de Lima Neto, Igor Lerner Hora Ribeiro

Resumo

Introdução: Nos últimos anos a reabilitação oral através da instalação de implantes osseointegrados vem sendo mais difundida e realizada. Tendo em vista os casos de atrofia maxilar severa, está tornando-se amplamente empregado o uso de métodos com o intuito de aprimorar o processo de reconstrução óssea e as proteínas ósseas morfogênicas recombinantes humanas (Rh-Bmp) são um exemplo, atuando como uma alternativa viável para casos de perdas ósseas severas. Essas proteínas possuem propriedades indutoras de formação óssea e irão atuar sobre as células mesenquimais indiferenciadas, induzindo sua diferenciação em osteoblastos. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 22 anos, vítima de acidente motociclístico, onde cursou com perda de múltiplos elementos dentários em região anterior de maxila (6 dentes) e osso alveolar associado, evoluindo com atrofia maxilar severa e edentulismo parcial em região estética. Foi indicado a reabilitação oral com prótese sobre implantes dentários, com coroas individuais, visando uma melhor estética, higiene oral e levando em consideração a idade do paciente. Porém, diante do pouco volume ósseo alveolar remanescente, incompatível à instalação direta dos implantes, planejou-se a reconstrução óssea maxilar para posterior instalação destes, para consequente confecção de coroas de cerâmica individuais após os 6 meses de osseointegração. Assim, foi realizada a reconstrução óssea, sob anestesia geral, com os biomateriais: enxerto xenógeno Bio Oss® (osteocondutor) e a Proteína Morfogenética (Rh-Bmp2/ Infuse®) com propriedade de osteoindução, associados à tela de titânio para aposição e mantimento do arcabouço do enxerto. Após 12 meses, foi realizado o segundo tempo cirúrgico para remoção de tela de titânio e instalação de implantes cônicos cone morse, em ambiente hospitalar. No trans-cirúrgico observou-se ganho significativo de volume ósseo em espessura e altura, e aspecto macroscópico de maturação óssea, bem como boa estabilidade primário dos 6 implantes instalados. Essa etapa cirúrgica foi realizada há 3 meses, evoluindo com boa cicatrização e aspecto radiográfico dentro da normalidade, estando em acompanhamento para posterior início de fase protética, após os três meses finais para osseointegração. Considerações finais: O uso do enxerto xenógeno Bio Oss® e da proteína Rh-Bmp2 criou condições adequadas para a reabilitação oral com implantes dentários sem a necessidade de um sítio cirúrgico doador diminuindo a morbidade cirúrgica.

Descritores: Enxerto Ósseo; Maxila; Osseointegração.

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Publicado

2018-10-25

Como Citar

Suellen Fernandes Santana, L. M. C. P., & Igor Lerner Hora Ribeiro, C. S. de A. A. S. de L. N. (2018). Reconstrução de maxila atrófica severa com Rh-BMP para implantodontia. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3597