O-o44PG - Percepção do adolescente quanto à imagem do cirurgião-dentista

Resumo

O desafio de tratar adolescentes não está na terapêutica, nem em conhecimentos técnico-científicos, mas em ajustar-se às intensas modificações que correspondem ao crescimento e desenvolvimento nessa etapa da vida. Objetivou-se conhecer a percepção de adolescentes em relação ao cirurgião-dentista e ao tratamento odontológico; verificar os principais fatores desencadeadores do medo no consultório, a influência dos comentários de pais/familiares na imagem que o adolescente tem do profissional e se a postura deste interfere no comportamento do paciente. O trabalho foi aprovado pelo CEP da FOA – UNESP, nº 01953/2011. Estudo quantiqualitativo, com 147 adolescentes, entre 14 e 17 anos de idade, matriculados na Fundação Mirim de Araçatuba-SP. Coletaram-se informações sócio-educacionais e às relativas à percepção sobre o tratamento odontológico e ao cirurgião-dentista. Para 57,6%, a lembrança do cirurgião-dentista traz sensações ruins, como tensão, medo e dor. Para 38,1%, o maior incômodo durante a consulta é o barulho da alta rotação e o uso da anestesia. Houve associação estatisticamente significante entra as variáveis “sensação ao se lembrar do cirurgião-dentista/comentários (positivos ou negativos) feitos por familiares” (p=0,0024) e “postura do cirurgião-dentista/comportamento do paciente durante a consulta” (p=0,0045), adotando-se p<0,05. Conclui-se que o medo está fortemente associado à lembrança do cirurgião-dentista, aos comentários prévios realizados por familiares e aos aspectos relacionados ao tratamento, como o barulho do instrumental.

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