Descontaminação de cones de guta-percha: uma revisão da literatura

Autores

  • Gabriela Leal Peres, Nilton César Pezati Boer

Resumo

Apesar dos cones de guta-percha serem confeccionados sob condições assépticas, eles podem ser contaminados através do manuseio, aerossóis e forças físicas durante o processo de estocagem. O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão da literatura sobre os métodos de desinfecção dos cones de guta-percha utilizados na endodontia. O presente estudo é composto de uma revisão da literatura e uma pesquisa exploratória. O levantamento bibliográfico foi realizado a partir de consulta às bases de dados BBO, BVS PubMed, Medline e Lilacs. Devido suas características termoplásticas e por ser um material de baixa fusão, a guta-percha não pode ser esterilizada em autoclaves ou por métodos de alta temperatura, porque esses procedimentos causariam deformações em sua estrutura. Dessa forma, outros métodos de desinfecção química rápida devem estar disponíveis nos consultórios. No Brasil o hipoclorito de sódio, o álcool iodado, o álcool etílico e o glutaraldeído são os produtos mais utilizados para a descontaminação dos cones de guta-percha na prática endodôntica. Resultados sugerem que a clorexidina, o hipoclorito, e o álcool 70% são produtos eficazes na descontaminação dos cones de guta-percha. Todavia a clorexidina e o hipoclorito se mostraram unanimes nos estudos realizados, sendo que a clorexidina não propiciou danos estruturais no cone. Concluímos com o presente estudo que soluções de digluconato de clorexidina na concentração de 2% mostrou ser a substância mais eficiente para a desinfecção de cones de guta-percha, não causando danos estruturais ao cone. 

Descritores: Cones de Guta-Percha; Desinfecção; Endodontia.

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Publicado

2018-10-30

Como Citar

Nilton César Pezati Boer, G. L. P. (2018). Descontaminação de cones de guta-percha: uma revisão da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3713