Gestão participativa e educação permanente: uma receita para a qualidade do trabalho na atenção básica

Resumo

Introdução: Tendo como ponto de partida a necessidade de reconstrução dos modelos de gestão e práticas, estão surgindo atualmente abordagens gerenciais modernas, a exemplo da gerência participativa, que tem como prioridade a descentralização das decisões e aproximação de todos os integrantes da equipe de trabalho. A destarte, a educação permanente em saúde se constitui como um eixo importante nesse processo, trazendo o protagonismo do trabalhador para discussão, tomada de decisões e aperfeiçoamento constante do processo de trabalho. Objetivo: Apresentar, na forma que foi descrito no livro “Construções e Saúde Coletiva 2”o relato de experiência da participação no projeto “Educação Permanente para Agentes Comunitários de Saúde (ACS)” da cidade de Parelhas – RN, sob a ótica da gestão participativa, tendo nos profissionais o protagonismo do trabalho. Metodologia: Encontros semanais entre os ACS e profissionais de Saúde Bucal e Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), voltados para promoção de saúde nos ciclos de vida crianças de 0-2 anos, crianças em idade escolar, adolescentes e jovens, adultos e idosos, acrescentando-se ainda a condição de vida da gestante. Considerações finais: A princípio, pode–se afirmar que quando a gestão descentraliza as ações de forma participativa, elevando o protagonismo da tomada de decisão para todos os envolvidos no processo do cuidado, permitindo que um servidor possa colocar em prática um projeto como esse com apoio e interesse da gestão, tudo direciona ao sucesso. Na certeza de que o SUS se efetiva em um processo de construção coletiva, fica o anseio por cada vez mais e mais atividades como esta, para recapitulação do que foi aprendido, para a apresentação de novos temas e para que a cidade cresça com cada um fazendo o seu papel, todos de mãos dadas.