Osteorradionecrose mandibular em paciente submetido à radioterapia de cabeça e pescoço: relato de caso

Autores

  • Ciola P, Gross DJ, Gonçalves RCG, Bortoluzzi MC

Resumo

Justificativa: A osteorradionecrose (ORN) é definida como necrose asséptica de tecido ósseo, desenvolvida após radioterapia (RT) em pacientes com tumores de cabeça e pescoço. É uma das sequelas mais preocupantes da RT, por sua complexidade de tratamento e possíveis complicações. Objetivo: Relatar um caso clínico de osteorradionecrose em mandíbula com exposição de tecido ósseo por epitélio. Relato de caso: paciente do gênero masculino, de 57 anos, atendido no serviço de cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Regional de Ponta Grossa - PR, que foi encaminhado por apresentar lesão sintomática e supuração, na região de mandíbula. O mesmo apresentava histórico médico de carcinoma espinocelular em região de lábio inferior onde houve a remoção da lesão há aproximadamente 4 anos. Durante anamnese, relatou ter sido submetido a 38 sessões de radioterapia e 2 sessões de quimioterapia, além de ter realizado procedimento de extração dentária 1 ano após o tratamento. O tratamento iniciado foi o protocolo de Pentoxifilina 400MG 2X ao dia + Tocoferol 1000 Unidades 1x ao dia e a conduta foi de procedimento cirúrgico de ostectomia parcial de corpo. O paciente necessitou de uma segunda intervenção por novo foco de supuração, devido a impossibilidade de intubar o paciente, optou-se pelo procedimento de traqueostomia, mas houve resistência pelo paciente. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento. Conclusão: A ORN é um dos piores efeitos colaterais secundários da RT, devendo o cirurgião-dentista estar atento à prevenção dessa condição.

Descritores: Osteorradionecrose; Carcinoma de Células Escamosas; Mandíbula.

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Publicado

2019-01-06

Como Citar

Bortoluzzi MC, C. P. G. D. G. R. (2019). Osteorradionecrose mandibular em paciente submetido à radioterapia de cabeça e pescoço: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4030