Saúde mental na atenção primária: possibilidades e desafios

Autores

  • Carolline Alaia Colin, Elaine Garcez Boza, Roselainy Fernanda Veiga, Aní Fabiana Berton

Resumo

A partir 1980, ocorreu no Brasil a Reforma Sanitária, que instaurou melhorias nas condições de vida da população e definiu um conceito amplo de saúde, que não usa a doença como referência primordial, mas o bem estar biopsicossocial. No âmbito da Saúde Mental, emergiu no cenário a Reforma Psiquiátrica que reestruturou o modelo de atenção para o paciente psiquiátrico e modificou a ótica desse indivíduo. A atenção básica é um espaço de grande potencial para o desenvolvimento de ações de promoção de saúde, prevenção de agravos e manutenção de vínculos para esses pacientes. Este estudo objetivou entender como a saúde mental é tratada dentro do serviço público de saúde, mais precisamente dentro da Atenção Primária. Foi feita consulta a arquivos da base de dados BIREME, Pubmed e Scielo e através dos artigos analisados foi realizado um ensaio sobre as possibilidades e os desafios encontrados, tanto pelos pacientes, como para os profissionais que trabalham na saúde mental. Com base na análise dos documentos utilizados foi constatado que desde a reforma psiquiátrica mudanças significativas ocorreram na saúde pública. Em 2011, houve o estabelecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a qual dispõe a respeito da articulação dos pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso de drogas, abrangendo todos os níveis de complexidade dentro do SUS. Uma das possibilidades que a Atenção Primária mostrou foi a minimização do estigma da referência a serviços psiquiátricos, contando com apoio de uma relação multiprofissional através do Matriciamento e da Terapia Comunitária. Contudo, apesar dos relatos de sucesso, o Brasil ainda apresenta desafios como falta de pessoal qualificado para o atendimento do doente mental, rotatividade de profissionais e falta de integração entre ESFs e os CAPS. Outro desafio é efetivar estratégias que intensifiquem a participação de outros serviços na Saúde Mental. Concluiu-se assim, que ainda é necessário uma reorganização da gerência da Saúde Mental na Atenção Básica de modo a capacitar os profissionais e implantar uma política interna que solucione o problema da alta rotatividade, além de expandir programas já existentes, como a Clínica Ampliada.

Descritores: Saúde Mental; Saúde Pública; Atenção Primária.

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Publicado

2019-01-09

Como Citar

Roselainy Fernanda Veiga, Aní Fabiana Berton, C. A. C. E. G. B. (2019). Saúde mental na atenção primária: possibilidades e desafios. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4123