Tratamento de câncer de pele não melanoma com uso de terapia fotodinâmica – uma revisão da literatura
Resumo
O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, representando aproximadamente 25% de todos os tumores malignos diagnosticados. A linhagem mais incidente é o carcinoma basocelular (CBC), responsável por 70% desses casos, o que configura um problema de saúde pública. Esse tipo de neoplasia, apesar das baixas taxas de mortalidade e rara ocorrência de metástase, apresenta comportamento invasivo, cujo tratamento se baseia no tipo clínico, tamanho e localização da lesão. Quando o procedimento cirúrgico torna-se inviável, a terapia fotodinâmica (TFD) é considerada a primeira escolha em alguns casos. A TFD é baseada na combinação de luz visível, oxigênio molecular tecidual e fármacos fotossensibilizantes que se acumulam seletivamente no tecido alvo, resultando em fotodano e subsequente morte celular. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso da terapia fotodinâmica para o tratamento do câncer de pele não melanoma. Realizou-se revisão bibliográfica na base de dados Scielo e Pubmed, utilizando os seguintes descritores: terapia fotodinâmica e câncer de pele não melanoma. No total, 14 artigos foram selecionados e avaliados, sendo considerados aqueles publicados no período de 2000 a 2014. Das obras selecionadas, 8 (57,2%) referem-se especificamente sobre a TFD e câncer de pele, 3 (21,4%) referem-se à TFD e câncer em geral, e 3 (21,4%) referem-se à TFD. A literatura estudada apontou que o fotossensibilizante mais indicado para o tratamento do CBC é o cloridrato de aminolevulinato de metila (MAL), pelo fato de possuir maior lipofilia, maior seletividade e capacidade de penetração. E a luz visível que confere maior efetividade é a vermelha (570-700 nm), utilizada com potência entre 100-150 J/cm2. Muitos autores enfatizaram as vantagens da TFD para o tratamento do câncer de pele não melanoma: significante encurtamento do tempo de recuperação, excelente resultado cosmético, alta taxa de cura e taxa de recorrência semelhante às dos métodos alternativos à cirurgia. Conclui-se que a TFD está continuamente avançando e, apesar de ser uma modalidade terapêutica recente para tratamento do câncer de pele não melanoma, apresenta uma real efetividade, mesmo sendo um procedimento não invasivo.Descritores: Neoplasias; Pele; Terapia Fotodinâmica.
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Publicado
2019-01-09
Como Citar
Igor Jacomini Pereira, Sonia Regina Jurado, R. T. de S. M. N. H. C. S. (2019). Tratamento de câncer de pele não melanoma com uso de terapia fotodinâmica – uma revisão da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4125