O-o36G - Uso de infiltrante sobre esmalte com lesão inicial de erosão submetido a desafio erosivo in vitro

Resumo

Sendo o infiltrante um material resinoso de baixa viscosidade capaz de penetrar nos tecidos desmineralizados, elevando a resistência do dente contra a progressão da lesão cariosa, o mesmo efeito poderia ser esperado para a erosão dentária. O objetivo foi avaliar in vitro o efeito da aplicação do infiltrante em dentes com lesões iniciais de erosão para prevenção de desgaste futuro diante de desafio erosivo. Foram obtidos blocos de esmalte de dentes bovinos e realizada a microdureza superficial, imergindo-os em HCL 0,01M, pH 2,3 por 30s para desenvolvimento de lesão inicial de erosão. A dureza de superfície foi refeita para aleatorização e divisão em 5 grupos: G1 sem tratamento (controle negativo), G2 aplicação de selante resinoso (Helioseal Clear^®), G3 aplicação de adesivo autocondicionante (Adhese^®), G4 aplicação de adesivo convencional (Tetric N Bond^®) e G5 aplicação de infiltrante Icon^®. Após os tratamentos iniciou-se a ciclagem erosiva com 4 imersões diárias em HCL 0,01M, pH 2,3 por 2min e saliva artificial por 2h, por 5 dias. Foi avaliado o perfil inicial, pós-tratamento e pós-ciclagem, os gráficos obtidos foram sobrepostos para aferição do desgaste. Pelo Kruskal-Wallis e Teste de Tukey (p<0,05) não houve diferença significativa entre o controle e o adesivo convencional, os quais foram diferentes do selante, adesivo autocondicionante e infiltrante. Logo conclui-se que a aplicação de infiltrante sobre lesões iniciais de erosão previne o desgaste ante desafio erosivo. Além disso o selante resinoso Helioseal Clear e o adesivo Adhese também apresentam este efeito preventivo.

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