Antissépticos: uso e limitações. Uma revisão de 20 anos
Resumo
Os antissépticos são utilizados nas clínicas médica e odontológica, em laboratórios de análises clínica e a população leiga e indústrias de produtos de higiene pessoal e farmacêuticas, em geral, têm utilizado esses agentes antimicrobianos de forma indiscriminada. Assim, foi objetivo desta revisão listar os principais antissépticos e as repercussões do uso abusivo. Pesquisou-se as bases de dados Scholar Google, SciELO, BIREME, MEDLINE e PubMed, utilizando-se os descritores "chlorhexidine", "triclosan", "cetylpyridinium chloride", "essencial oils" e "povidone-iodine" em inglês, bem como "clorexidina", "triclosan", "cloreto de cetilpiridínio", "óleos essenciais" e "povidona-iodo" em português. Foram encontrados 1652 artigos sobre o tema, e foram selecionados 125 que tratavam especificamente do assunto e satisfaziam os critérios de inclusão e exclusão. Pode-se observar que as metodologias para avaliar a ação antimicrobiana variam bastante, indo desde testes "in vitro" com células planctônicas ou biofilme mono ou polimicrobiano, testes "in situ" e "in vivo". Observouse que a atividade antimicrobiana desses agentes está associada às suas características constitutivas como estabilidade química, substantividade, veículo em que são diluídos, capacidade de atuar em locais com matéria orgânica, sendo também influenciada pela espécie de microrganismo testado. Os antissépticos com iodo-povidona apresentaram maior efeito antimicrobiano. Estudos mostraram que alguns antissépticos podem desencadear reação cruzada e gerar resistência a antibióticos, além de efeitos colaterais como distúrbios hormonais e alergia, dentre outros. Atualmente há uma busca por fitoterápicos e o uso de triclosan em sabonetes foi proibido pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de alimentos e drogas dos Estados Unidos. Concluiu-se que o uso de antissépticos é imprescindível no pré e pós-operatório para prevenção de infecções, mas devem ser utilizados com critério.Descritores: Clorexidina; Triclosan; Cloreto de Cetilpiridínio; Óleos Essenciais; Povidona-Iodo.
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Publicado
2019-02-06
Como Citar
Ranieri RV, Schweitzer CM, Gaetti Jardim Jr E, Okamoto AC, S. M. C. V. B. E. (2019). Antissépticos: uso e limitações. Uma revisão de 20 anos. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4187
Edição
Seção
Patologia e Propedêutica Clínica