Avaliação de um novo protocolo de desgaste erosivo para boca artificial com análises de dureza superficial e perfilometria

Autores

  • Gonçalves DFM, Cuellar Mancilla JOF, Danelon M, Pessan JP, Delbem ACB

Resumo

Os efeitos erosivos gerados pelo consumo de bebidas ácidas geralmente tentam ser duplicados nos estudos in-vitro. O estudo avaliou os efeitos de um protocolo de desafio erosivo (DE) empregando uma Boca Artificial (BA) (Biopdi®) com análises da dureza de superfície (SH) e perfilometria do esmalte. Os dados do protocolo foram obtidos a partir de um questionário para determinar a frequência e tempos de consumo de bebidas ácidas em jovens adultos. A partir das respostas de jovens com consomem bebidas ácidas ≥ 2 vezes ao dia, a configuração da BA foi ajustada para setegoles (n=7), sendo 4 segundos por  gole e 7 segundos entre goles. O gotejamento contínuo de ácido cítrico e saliva artificial (SA) foram ajustados em 1,5ml/m. O desafio erosivo foi reproduzido 3 vezes ao dia, em blocos de esmalte bovino (4x4 mm) em um intervalo de 2 horas de gotejamento de SA. Análises da SH inicial (SHi) foram realizadas previamente. As ciclagens foram realizadas em períodos de um dia (n=12) e três dias (n=12). Após o DE, foram realizadas análises de SH final (SHf) e perfilometria (μm). Os dados de SH foram submetidos à ANOVA de medidas repetidas e o desgaste ao teste de Mann-Whitney, e as duas variáveis ao teste de correlação de Spearman (p<0,05). Os resultados mostraram menores valores de SHf em comparação aos de SHi, respectivamente, para o DE de um dia (235,1 KHN e 359,3 KHN) (p<0,001), e para o de três dias (190,7 KHN e 343,0 KHN) (p<0,001). As médias de SHf entre os dias 1 e 3 foram diferentes (p=0,023) e os valores de SHi sem diferença (p=0,411). Para a perfilometria, a mediana para um dia (0,43 μm) foi menor que a mediana de três dias (6,50 μm) (p<0,001). Observou-se correlação moderada entre o desgaste erosivo do esmalte e a SHf (r=-0,433; p<0,034). Pode se concluir que o protocolo submetido a BA e a análise de SH e perfilometria, evidenciou as alterações de dureza e erosão dental para aplicação em estudos in-vitro.

Descritores: Esmalte; Erosão Dentária; Boca Artificial; Dureza; Desgaste Dentário; Rugosidade.

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Publicado

2019-02-05

Como Citar

Danelon M, Pessan JP, Delbem ACB, G. D. C. M. J. (2019). Avaliação de um novo protocolo de desgaste erosivo para boca artificial com análises de dureza superficial e perfilometria. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4205

Edição

Seção

Clínica Odontológica