Migrânea: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v10i2.4670Palavras-chave:
Cefaleia, Enxaqueca com Aura, Enxaqueca sem Aura, Transtornos de EnxaquecaResumo
Introdução: Cefaleia representa um problema de saúde pública, podendo ser primárias, quando são por si só a patologia ou secundárias quando são apenas um sintoma de uma outra patologia de base. Objetivos: Revisar as características e pontos principais da migrânea. Materiais e Métodos: revisão narrativa realizada em bases de dados digitais, livros e informações de organizações de referência mundial. Resultados: A migrânea é um tipo de cefaleia primária de alta prevalência, sendo mais comum em mulheres. Pode ser com ou sem aura – sintomas neurológicos focais que precedem a dor – ou crônica. Caracteriza-se por cefaleia pulsátil, unilateral, de intensidade de moderada a grave, associada a náusea, vomito, foto ou fonofobia e que se agrava com atividades físicas rotineiras. Deve ser diferenciada de outras cefaleias primarias e, quando na presença de sinais de alarme, também das secundárias, em especial se na terceira idade. Fatores como odores e luzes fortes, consumo de bebida alcoólica, certos alimentos, jejum prolongado, distúrbios do sono e ciclo menstrual podem desencadear uma crise. Seu tratamento pode ser farmacológico ou não, além de envolver medidas gerais; e pode ser sintomático ou profilático – mais indicado em casos mais graves ou refratários. Dentre os medicamentos utilizados durante as crises há os específicos (triptanos e derivados da ergotamina) e não específicos (analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais). Conclusão: Conclui-se que a migrânea deve ser reconhecida e diagnosticada correta e precocemente, objetivando uma terapêutica adequada e individualizada para que se alcance uma melhora na qualidade de vida do paciente.
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