Tratamento interdisciplinar de fratura mandibular em criança politraumatizada

Autores

  • Ana Caroline Digiere Pomponi Instituto Odontológico de Pós Graduação (IOPG) 17011-137 Bauru - SP, Brasil
  • Marcus Vinicius Satoru Kasaya Universidade do Sagrado Coração (UNISAGRADO) 17011-160 Bauru – SP, Brasil / Serviço de CTBMF - Centro Hospitalar Municipal de Santo André (CHMSA) 09030-320 Santo André – SP, Brasil
  • Renato Alves Pereira Serviço de CTBMF - Centro Hospitalar Municipal de Santo André (CHMSA) 09030-320 Santo André – SP, Brasil
  • João Felipe Santos Serviço de CTBMF - Centro Hospitalar Municipal de Santo André (CHMSA) 09030-320 Santo André – SP, Brasil
  • Pâmela Letícia Santos Universidade de Araraquara (UNIARA) 14801-320 Araraquara – SP, Brasil
  • Jessica Lemos Gulinelli Universidade de Araraquara (UNIARA) 14801-320 Araraquara – SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i3.4726

Palavras-chave:

Traumatismos Faciais, Fraturas Mandibulares, Equipe de Assistência ao Paciente

Resumo

Introdução: As fraturas faciais pediátricas possuem menor incidência e fatores como a presença dos germes dos dentários e o crescimento crânio faciais em desenvolvimento exigem maior atenção do cirurgião bucomaxilofacial. Objetivo: relatar caso clínico de fratura mandibular múltipla em paciente pediátrico e evidenciar a importância do atendimento multidisciplinar no tratamento do paciente politraumatizado. Caso Clínico: Paciente do gênero feminino, cinco anos, vítima de acidente automobilístico com trauma facial e cranioencefálico foi admitida no pronto socorro. Após diagnóstico e tratamento do trauma cranioencefálico (drenagem cirúrgica de hematoma extra-dural) a paciente foi abordada pela equipe de cirurgia buco maxilo facial para a realização de osteossíntese das fraturas de sínfise à direita, corpo mandibular esquerdo e do processo alveolar em região dos elementos dentários 73 e 83. Devido à idade da paciente, possivelmente não colaborativa no pós-operatório e a complexidade da fratura dentoalveolar na região anterior mandibular, optou-se pela remoção da tábua óssea vestibular que continha os dentes anteriores inferiores decíduos e a exodontia do elemento 31 não erupcionado que impossibilitava seu reposicionamento adequado. Uma prótese parcial removível provisória foi confeccionada para a reabilitação protética. Após 6 meses de proservação foi realizada a remoção dos materiais de síntese e a paciente encontra-se em bom estado geral, sem queixas álgicas e/ou sinais de infecção. Conclusão: O tratamento das fraturas em crianças pode ser realizado com uma boa previsibilidade de sucesso, por meio da fixação com placas e parafusos de titânio, sendo que as mesmas devem ser removidas em um segundo procedimento cirúrgico.

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Publicado

2021-03-25

Como Citar

Pomponi, A. C. D., Kasaya, M. V. S., Pereira, R. A., Santos, J. F., Santos, P. L., & Gulinelli, J. L. (2021). Tratamento interdisciplinar de fratura mandibular em criança politraumatizada. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(3), 484–488. https://doi.org/10.21270/archi.v10i3.4726

Edição

Seção

Original Articles