Apendicite aguda em paciente gestante: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v10i1.4845Palavras-chave:
Apendicite, Apendicectomia, GravidezResumo
A apendicite aguda é uma complicação abdominal extra uterina frequente durante o processo gestacional, necessitando de uma laparotomia de emergência. Paciente do sexo feminino, 25 anos, gestante de 11 semanas. Queixava-se de dor abdominal difusa, de início súbito, há 5 dias com irradiação para fossa ilíaca direita. Durante o exame físico geral constatou-se regular estado geral. Ao exame físico abdominal, apresentou ruídos hidroaereos presentes, abdome globoso, flácido, doloroso a palpação superficial em fossa ilíaca direita e flanco direito, descompressão brusca positiva, sinal de Blumberg e Lapinsk positivo. Realizado ultrassom de abdome total apresentando pequenos cálculos renais a direita com imagem heterogênea, sólida/cística mal definida em fossa ilíaca direita de etiologia a esclarecer. Submetida a apendicectomia, sem intercorrências. No ultrassom obstétrico morfológico pós-cirúrgico constatou-se saco gestacional bem implantado, líquido amniótico sem alteração, embrião com batimentos cardíacos fetais 150 bpm. A gravidez evoluiu sem complicações. Considerando a dificuldade do diagnóstico durante a gravidez, recomenda-se o uso de imagens para maior assertividade, reduzir atrasos na cirurgia e apendicectomia negativa. Devido ao risco de exposição fetal a radiação ionizante, recomenda-se a ressonância magnética. A decisão para a realização da laparotomia deve-se ser pautada em achados clínicos, diagnóstico por imagem e avaliação. Ressalta-se que os atrasos no diagnóstico superiores a 24 horas, aumentam o risco de perfuração do apêndice.
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