O diagnóstico de tumor odontogênico queratocístico – relato de caso

Resumo

Os queratocistos odontogênicos tem sido alvo de grande variedade de estudos em busca de novas técnicas para sua remoção, principalmente pelo alto potencial de recidiva. Em 2005, a OMS passou a classificar o queratocisto como tumor odontogênico queratocistico (TOQ) e não mais como cisto odontogênico, devido ao seu caráter agressivo, altas taxas de recidiva, características tumorais, crescimento lento, destruição óssea e não provoca metástase. Há uma predileção para indivíduos do sexo masculino com faixa etária entre 20 e 40 anos. O TOQ, na maioria dos casos é assintomático, e por isso é descoberto após exames de imagem de rotina. No entanto, quando atinge proporções maiores pode ocasionar mau posicionamento dos dentes, tumefação devido à expansão das corticais, drenagem espontânea do conteúdo cístico na cavidade oral e em caso de infecção secundária pode apresentar sintomatologia dolorosa. Este trabalho propõe discutir os aspectos referentes ao diagnóstico, prognóstico e tratamento deste tipo de tumor, por meio do relato de um caso clínico de um paciente do sexo masculino, com 18 anos de idade, que foi inicialmente submetido à descompressão da lesão, devido sua extensão, proximidade ao canal mandibular e também com intuito de evitar possíveis fraturas patológicas. Além disso, foi realizado o acompanhamento clínico-radiográfico e após a regressão da lesão, o paciente foi submetido à enucleação total. Sendo assim, é lícito salientar que o TOQ é agressivo e merece atenção especializada para a determinação de diagnóstico precoce, plano de tratamento e conduta adequada.