Hiperpigmentação oral em pacientes vivendo com HIV: relato de dois casos clínicos
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v10i8.5103Palavras-chave:
Manifestações Bucais, HIV, Linfócitos T CD4-PositivosResumo
Introdução: As lesões orais estão entre as primeiras manifestações clínicas da infecção por HIV, podendo indicar também sua progressão. Dentre elas, inclui-se a hiperpigmentação oral, que também pode ser oriunda do uso de medicações da terapia antirretroviral (TARV). Objetivo: Relatar dois casos clínicos de hiperpigmentação oral em pacientes vivendo com HIV, sendo um deles submetido à TARV e outro sem tratamento. Relato de caso: Caso 1 - Paciente do sexo masculino, 30 anos, ex-etilista, vivendo com HIV, apresentou manchas amarronzadas assintomáticas no lábio inferior com evolução de cinco meses. Após exame clínico, a TARV foi atribuída como causa das lesões. Caso 2 - Paciente do sexo masculino, 55 anos, vivendo com HIV, ex-tabagista, diagnosticado com tuberculose, apresentou hiperpigmentações em mucosa jugal bilateralmente, além de candidose eritematosa e pseudomembranosa no palato duro e dorso lingual, respectivamente. Realizou-se biópsia incisional da região pigmentada, confirmando o diagnóstico de hiperpigmentação melânica. O paciente não fazia TARV há 05 anos. Conclusão: Alterações bucais em pacientes vivendo com HIV podem ser decorrentes da própria imunossupressão ou estarem associadas ao uso dos antirretrovirais. É imprescindível que o cirurgião-dentista as conheça para que esteja apto a reconhecer as manifestações clínicas desta infecção ou de sua progressão, oferecendo assim um diagnóstico correto e precoce, bem como conduta clínica correta frente a esses casos.
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