O-145G - Obturação de canais radiculares de dentes decíduos com a pasta Calen espessada

Resumo

O tratamento endodôntico de dentes decíduos por muito tempo foi caracterizado pelo uso indevido de materiais de alta toxidade que também são muito agressivos ao tecido pulpar. Isso se tornou inaceitável tanto em dentes permanentes como em dentes decíduos, pelo fato de que praticamente não há diferenças no tecido pulpar de ambos os tipos dentais, sendo a única diferença é que em dentes decíduos existe uma zona de fibras colágenas e reticulares, denominada “cap-like”. A partir de quando sabemos os riscos que essas substâncias causam ao tecido pulpar, e a região apical, o profissional deverá selecionar os materiais para o tratamento, evitando esses materiais de alta-toxidade, por exemplo o formocresol que é utilizado muitas vezes devido a facilidade de manuseá-lo, mesmo hoje sabendo que existem efeitos citotóxicos em seus componentes. Hoje já temos algumas alternativas para esses tratamentos com matérias que conseguem ser reabsorvidas pelo organismo, entre esses materiais podemos citar o Hidróxido de Cálcio com o óxido de zinco, o Glutaraldeído (que era mais vantajoso que o formocresol, pois é capaz de fixar aos tecidos superficialmente, limitando a penetração, e assim sendo, mantendo a vitalidade da polpa subjacente) e a Pasta Guedes Pinto que por sua vez obteve 97.7% de sucesso, sendo em dentes com fístulas e/ou mobilidade patológica apresentou uma neoformação em 60 dias, e a pasta extravasada era totalmente reabsorvida num prazo de 30 dias.

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