Comparação do potencial erosivo de balas originais e azedas (“sour candies”)

Autores

  • Maria Luísa Raizer Pegoretti Graduada em Odontologia pela Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, 88302-90, Itajaí-SC, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1801-6599
  • Nádia Batista Graduada em Odontologia pela Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, 88302-90, Itajaí-SC, Brasil
  • Silvana Marchiori Araújo Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, 88302-90, Itajaí-SC, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0483-2464
  • Beatriz Helena Eger Schmitt Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, 88302-90, Itajaí-SC, Brasil
  • Eliane Garcia da Silveira Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, 88302-90, Itajaí-SC, Brasil
  • Maria Mercês Aquino Gouveia Farias Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, 88302-90, Itajaí-SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3077-7406

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i9.5248

Palavras-chave:

Erosão Dentária, Balas, Saliva Artificial, Concentração de Íons de Hidrogênio, Acidez

Resumo

Introdução: O consumo frequente de balas ácidas está associado à etiologia da erosão dental. Objetivo: Comparar o potencial erosivo de balas originais e azedas. Material e método: Analisaram-se balas originais e azedas nos sabores: morango, uva, frutas silvestres e dentadura, constituindo-se 4 grupos: G-1- balas originais dissolvidas em água duplamente deionizada; G-2- balas originais dissolvidas em saliva artificial; G-3- balas azedas dissolvidas em água duplamente deionizada; G-4- balas azedas dissolvidas em saliva artificial. O pH das soluções foi mensurado utilizando-se um potenciômetro e eletrodo combinado de vidro e a acidez titulável (AT) adicionando-se alíquotas de 100 μL NaOH 1M as soluções até alcançarem pH 5,5. A concentração de cálcio foi determinada utilizando um espectrofotômetro de absorção atômica. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA). As médias de pH, AT foram comparadas pelo teste Tukey em um nível de 5% de significância. Resultados: Observou-se que as balas dissolvidas em água apresentaram valores de pH inferiores a 5,5, não havendo diferença significante entre os grupos (G-1) e (G-3). Na diluição em saliva artificial os sabores do grupo G-2 apresentaram valores de pH significantemente mais elevados que os sabores do grupo G-4, que mantiveram valores de pH inferiores a 5,5.  Comparando-se a AT entre os grupos G-1 e G-3 observou-se que os sabores do grupo G-3 apresentaram uma AT significantemente mais alta.  Conclusão: Todas as balas analisadas apresentam potencial erosivo, porém as balas “sour” ou azedas apresentaram baixo pH, maior AT e baixo teor de cálcio, apresentando maior potencial erosivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Lussi A, Carvalho TS. Erosive tooth wear: a multifactorial condition of growing concern and increasing knowledge. Monogr Oral Sci. 2014; 25:1-15.

Ngoc CN, Donovan TE. Education About Dental Erosion in U.S. and Canadian Dental Schools. J Dent Educ. 2018;82(12):1296-304.

Shellis RP, Featherstone JD, Lussi A. Understanding the chemistry of dental erosion. Monogr Oral Sci. 2014;25:163-79.

Buzalaf MAR, Magalhães AC, Rios D. Prevention of erosive tooth wear: targeting nutritional and patient-related risks factors. Br Dent J. 2018;224(5):371-78.

Buzalaf M A R, Hannas A R, Kato M T. Saliva and dental erosion. J. Appl. Oral Sci. 2012; 20(5):493-502.

Hara AT, Zero DT. The potential of saliva in protecting against dental erosion. Monogr Oral Sci. 2014;25:197-205.

Aljawad A, Morgan MZ, Rees JS, Fairchild R. The availability of novelty sweets within high school localities. Br Dent J.2016;220(11):575-79.

Davies R, Hunter L, Loyn T, Rees J. Summary of: sour sweets: a new type of erosive challenge. Br Dent J. 2008;204(2):84-5.

Gambon DL, Brand HS, Veerman ECI. Dental erosion in the 21 st century: What is happening to nutritional habits and lifestyle in our society? Br Dent J. 2012;213(2):55-7.

Aljawad A, Morgan MZ, Fairchild R , Rees JS. Investigation of the erosive potential of sour novelty sweets. Br Dent J. 2017;222(8):613-20.

Brand HS, Gambon DL, Paap A, Bulthuis MS, Veerman ECI, Amerongen, AVN. The erosive potential of lollipops. Int Dent J. 2009;59:358-62.

Feelthan EB. The power of sour candies: a dental hygienist’s battle against dietary dental erosion. CDHA Journal. 2010;25(1):16-8.

Wagoner SN, Marshall TA, Quian F, Wefel JS. In vitro enamel erosion associated with commercially available original and sour candies. J Am Dent Assoc.2009;140(7):906-13.

Correa MSNP, Corrêa FNP, Correa JPNP, Murakami C, Mendes FM. Prevalence and associated factors of dental erosion in children and adolescents of a private dental practice. Int J Paediatric Dent. 2011;21(6):451-58.

Farias MMAG, Silveira EG, Schmitt BHE, Araújo SM, Baier IBA. Prevalência da erosão dental em crianças e adolescentes brasileiros. Rev Salusvita. 2013;32(2):187-98.

Mafla AC, Cerón-Bastidas XA, Munoz-Ceballos ME, Vallejo-Bravo DC, Fajardo-Santacruz MC. Prevalence and Extrinsic Risk Factors for Dental Erosion in Adolescents. J Clin Pediatr Dent. 2017;41(2):102-11.

Salas MM, Nascimento GG, Vargas-Ferreira F, Tarquinio SB, Huysmans MC, Demarco FF. Diet influenced tooth erosion prevalence in children and adolescents: results of a meta-analysis and meta-regression. J Dent. 2015; 43(8):865-75.

Sovik JB, Skudutyte-Rysstad R, Tveit A B, Sandvik L, Mulic A. Sour sweets and acidic beverage consumption are risk indicators for dental erosion. Caries Res. 2015;49(3):243-50.

Oliveira PRR, Amaral FLB, França FMG, Basting RT, Turssi CP. Sour gummy candies and their effect on salivary pH kinetics.PBOCI. 2018;18(1):1-9.

Lussi A, Schlueter N, Rakhmatullina E, Ganss C. Dental erosion-An overview with emphasis on chemical and hispopatholigicol aspects. Caries Res. 2011;45(Suppl 1):2-12.

Bonvini B, Soares AK, Farias MMAG, Araújo S, Schmitt BHE. Mensuração do potencial erosivo de balas dissolvidas em água e saliva artificial. Rev Odontol. 2016;45(3):154-58.

Farias MMAG, Lazzaris M, Schmitt BHE, Silveira EG, Araújo SM. Erosive potential of sugar-free hard candies dissolved in water and artificial saliva. Braz J Oral Sci.2016;15(1):75-8.

Lazzaris M, Farias MMAG, Araújo SM, Schmitt BHE, Silveira EG. Erosive potential of commercially available candies. PBOCI. 2015; 15(1):7-12.

Farias MMAG, Soares AK, Bonvini B, Araújo SM, Schmitt BHE. Potencial erosivo de doces azedos (sour candies) dissolvidos em água e saliva artificial. RFO-UPF. 2017;22(2):177-81.

Barbuor ME, Lussi A. Erosion in relation to nutrition and the environment. Monogr Oral Sci. 2014;25:143-54.

Shellis RP, Barbour ME, Jesani A, Lussi A. Effects of buffering properties and undissociated acid concentration on dissolution of dental enamel in relation to pH and acid type. Caries Res. 2013;47(6):601-11.

Publicado

2021-08-02

Como Citar

Pegoretti, . M. L. R., Batista, N. ., Araújo, S. M., Schmitt, B. H. E., Silveira, E. G. da ., & Farias, M. M. A. G. (2021). Comparação do potencial erosivo de balas originais e azedas (“sour candies”). ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(9), 1508–1512. https://doi.org/10.21270/archi.v10i9.5248

Edição

Seção

Original Articles