Mapeamento de Casos e Análise Inferencial da Incidência de Chikungunya em uma Capital do Nordeste Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v11i3.5709Palavras-chave:
Febre de Chikungunya, Epidemias, Análise Espacial, EpidemiologiaResumo
Introdução: A Chikungunya é uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes. Objetivo: Mapear os casos de Chikungunya em capital do nordeste brasileiro. Método: Estudo ecológico e quantitativo, por regionais, com variáveis pluviométricas no município de Fortaleza, nos anos de 2016, 2017 e 2018. As técnicas de geoprocessamento foram realizadas por meio das ferramentas do Software QGIS Desktop 2.18.25. Resultados: Em 2016 foi confirmado 17.791 casos de Chikungunya e 25 óbitos. Em 2017, houve epidemia caracterizada por 61.727 casos e 144 óbitos com posterior redução em 2018 (583 casos e um óbito). Em 2017 a Regional V evidenciou maior número de casos e maior população, com 16.253 casos e 541,5 mil habitantes, composta por 18 bairros e a menor renda média de R$ 471,70 por habitante. Durante os três anos, a sazonalidade pluviométrica surge com maior volume de chuvas no primeiro semestre de cada ano e declinio em todo segundo semestre. Conclusão: Desigualdades sociais relacionadas aos casos de chikungunya devem ser levadas em conta para planejamento de ações em saúde, a fim de evitar riscos epidêmicos com prejuízos na qualidade de vida em todo território espacial.
Downloads
Referências
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Chikungunya: número de casos continuam a crescer no País. 2019 [acesso em 11 set 2019]. Disponível em: <https://www.sbmt.org.br/portal/chikungunya-numero-de-casos-continuam-crescer-no-pais/>.
Brasil. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. 2019 [ acesso em 12 set 2019]. Acesso em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/junho/25/guia-vigilancia-saude-volume-unico-3ed.pdf
Brasil. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e
febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 52, 2016. 2017 [acesso em 15 set 2019]. Acesso em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/15/2017-028-Monitoramento-dos-casos-de-dengue--febre-de-chikungunya-e-febre-pelo-virus-Zika-ate-a-Semana-Epidemiologica-35.pdf
Almeida LS, Cota ALS, Rodrigues DF. Saneamento, Arboviroses e Determinantes Ambientais: impactos na saúde urbana. Cien Saude Colet. 2020;25(10): 3857-68.
Elmec MA, Bataiero MO, Cruz MGB. Saneamento do meio, arboviroses e as estratégias de Vigilância Sanitária para combate aos vetores no Estado de São Paulo. BEPA. 2016;13(153-154):63-8.
Fundação Oswaldo Cruz. Brasil deve estar preparado para epidemia de chikungunya em 2017. 2016 [acesso em 26 out 2018]. Disponível em: <https://rededengue.fiocruz.br/noticias/512-brasil-deve-estar-preparado-para-epidemia-de-chikungunya-em-2017>.
Morgan J, Strode C, Salcedo-Sora JE. Climatic and socio-economic factors supporting the co-circulation of dengue, Zika and chikungunya in three different ecosystems in Colombia. PLoS Negl Trop Dis. 2021;15(3):1-29.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População. 2019 [acesso em 15 nov 2019]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/fortaleza/panorama
Brasil. Plano municipal de saúde de Fortaleza: 2018 – 2021. 2017 [ acesso em 27 out 2018].
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Postos pluviométricos. Disponível em: <http://www.funceme.br/index.php/areas/23monitoramento/meteorológico/362-postos-pluviométricos>. Acesso em: 14 jul. 2019.
Arantes KM, Pereira BB. Levantamento, análise e seleção de indicadores ambientais e socioeconômicos como subsídio para o fortalecimento das estratégias de controle da dengue no município de Uberlândia- MG. J. Health Biol. Sci. (Online). 2017;5(1):86-90.
Brasil. SINAN. Sinan Dengue e Chicungunya. Disponível em https://portalsinan.saude.gov.br/. Acesso em:17 de janeiro de 2022.
Brasil. Sistema de Monitoramento Diário de Agravos. Disponível em htpps://simda.sms.fortaleza.ce.gov.br/simda/index. Acesso em:17 de janeiro de 2022.
Brasil IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em https://www.ibge.gov.br/ Acesso em:17 de janeiro de 2022.
IBM Docs. Sistemas de Coordenadas Geográficas. Disponível em https://www.ibm.com/docs/pt-br/db2/11.1?topic=systems-geographic-coordinate. Acesso em:17 de janeiro de 2022.
QGIS. Sistema de Informação Geográfica. Disponível em https://www.qgis.org/pt_BR/site/. Acesso em:17 de janeiro de 2022.
Plano Municipal de Saúde de Fortaleza. Disponível em https://saude.fortaleza.ce.gov.br/images/planodesaude/20182021/_Plano-Municipal-de-Saude-de-Fortaleza-2018-2021_.pdf. Acesso em:17 de janeiro de 2022.
Brasil. Boletim epidemiológico. Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas causados por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes (dengue, chikungunya e zika), semanas epidemiológicas 1 a 48, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_45.pdf. Acesso em:17 de janeiro de 2022.
Zara ALSA, Santos SM, Fernandes-Oliveira ES, Carvalho RG, COELHO GE. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiol Serv Saúde. 2016;25(2):1-2.
Barbosa IR, Silva LP. Influência dos determinantes sociais e ambientais na distribuição espacial da dengue no município de Natal-RN. Rev Ciência Plural. 2016;1(3): 62-75.
Catão CDS, Nogueira GBR, Cruz JB, Guimarães JF, Pereira MNB. Ações de educação em saúde em ambiente escolar sobre arboviroses: relato de experiência. Saúde e Ciência. 2019;8(3):105-14.
Almeida LS, Cota ALS, Rodrigues DF. Saneamento, Arboviroses e Determinantes Ambientais: impactos na saúde urbana. Cien Saude Colet. 2020;25(10):3857-68.
Johansen IC, Carmo RL, Alves LC. Desigualdade social intraurbana: implicações sobre a epidemia de dengue em Campinas, SP, em 2014. Cadernos Metrópole. 2016;18(36):421-40.
Silva ETC, Olinda RA, Pachá AS, Costa AO, Brito AL, Pedraza DF. Análise espacial da distribuição dos casos de dengue e sua relação com fatores socioambientais no estado da Paraíba, Brasil, 2007-2016. Saúde Debate. 2020;44(125):465-477.
Bavia L, Melanda FN, ArrudA TB, Mosimann ALP, Silveira GF, Aoki MA et al. Epidemiological study on dengue in southern Brazil under the perspective of climate and poverty. Scient Reports. 2020;10(1):1-16.
Monteiro JB, Zanella ME. Eventos extremos no estado do Ceará, Brasil: uma análise estatística de episódios pluviométricos no mês de março de 2019. GeoTextos. 2019;15(2):149-73.
Carvalho S, Magalhães MAFM, Medronho RA. Analysis of the spatial distribution of dengue cases in the city of Rio de Janeiro, 2011 and 2012. Rev Saúde Pública. 2017;51:1-10.