Manejo de Fraturas Expostas decorrentes de Traumas: Revisão de Literatura

Autores

  • Sergio Luis Cavalcante Ibiapina Programa de Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), 60440-900 Fortaleza – CE, Brasil
  • João Paulo Tavares Linhares Programa de Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), 60440-900 Fortaleza – CE, Brasil
  • Júlio Cesar Chagas e Cavalcante Programa de Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), 60440-900 Fortaleza – CE, Brasil
  • Luis Guilherme Rosifini Alves Rezende Médico Assistente do Serviço da Cirurgião de Mão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) 14049-900 Ribeirão Preto – SP, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2037-0135

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v11i5.5875

Palavras-chave:

Fraturas Expostas, Fraturas Ósseas, Protocolos Clínicos, Tratamento de Emergência

Resumo

Introdução: Apesar dos avanços realizados no tratamento de fraturas e na prevenção de infecções, as fraturas expostas continuam sendo um desafio terapêutico com níveis variados de evidência para apoiar algumas das práticas mais usadas. Objetivo: Sintetizar as condutas terapêuticas para fraturas expostas causadas por traumas a partir de estudos publicados em base de dados. Métodos: revisão de literatura nas bases de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SciELO, de artigos provenientes de estudos desenvolvidos nesta temática, publicados entre 2015 e 2019, em inglês, português ou espanhol. Ao final, foram incluídos 10 artigos. Resultados: nove artigos abordaram a antibioticoprofilaxia e a classe antimicrobiana utilizada, tempo de duração e espectro de ação. Cinco estudos abordaram o tempo até o desbridamento e a fixação externa da fratura de acordo com o grau de lesão. Conclusão: conclui-se que o antibiótico deve ser iniciado profilaticamente de forma precoce, preferindo-se o uso de cefalosporinas, com tempo variável de acordo com o grau da exposição. O tempo ideal de desbridamento não deve exceder 48 horas após a lesão, sendo preferencialmente realizado dentro de 6 horas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Frink M, Ruchholtz S. Open Fractures: Initial Management. In: Pape HC, Sanders R, Borrelli JJ. (ed.) The Poly-Traumatized Patient with Fractures. Berlin, Heidelberg: Springer, 2016. Cap. 19, p. 261-75.

Giglio PN, Pécora JR, Helito CM, Lima ALLM, Silva JS. Avanços no tratamento das fraturas expostas. Rev bras ortop. 2015;50(2):125-30.

Ryan SP, Pugliano V. Controversies in Initial Management of Open Fractures. Scand J Surg. 2014;103(2):132-37.

Diwan A, Eberlin KR, Smith RM. The principles and practice of open fracture care, 2018. Chin J Traumatol. 2018;21(4):187-192.

Fernandes Mde C, Peres LR, de Queiroz AC Jr, Lima JQ Jr, Turíbio FM, Matsumoto MH. Open fractures and the incidence of infection in the surgical debridement 6 hours after trauma. Acta Ortop Bras. 2015;23(1):38-42.

Halawi MJ, Morwood MP. Acute Management of Open Fractures: An Evidence-Based Review. Orthopedics. 2015;38(11):e1025-33.

Puetzler J, Zalavras C, Moriarty TF, Verhofstad MHJ, Kates SL, Raschke MJ, Rosslenbroich S, Metsemakers WJ. Clinical practice in prevention of fracture-related infection: An international survey among 1197 orthopaedic trauma surgeons. Injury. 2019;50(6):1208-15.

Gümbel D, Matthes G, Napp M, Lange J, Hinz P, Spitzmüller R, Ekkernkamp A. Current management of open fractures: results from an online survey. Arch Orthop Trauma Surg. 2016;136(12):1663-72.

Marecek GS, Earhart JS, Gardner MJ, Davis J, Merk BR. Surgeon preferences regarding antibiotic prophylaxis for ballistic fractures. Arch Orthop Trauma Surg. 2016;136(6):751-54.

Oflazoglu K, Hoogendoorn JM, van der Zwaal P, Walbeehm ET, van Enst WA, Holtslag HR, Hofstee D, Plantinga P, Elzinga M, Rakhorst H. Treating open lower limb fractures successfully; thoughts and current practice on therapy and centralization in The Netherlands. Eur J Trauma Emerg Surg. 2019;45(1):99-106.

Harper KD, Quinn C, Eccles J, Ramsey F, Rehman S. Administration of intravenous antibiotics in patients with open fractures is dependent on emergency room triaging. PLoS One. 2018;13(8):e0202013.

Chang Y, Bhandari M, Zhu KL, Mirza RD, Ren M, Kennedy SA, et al. Antibiotic Prophylaxis in the Management of Open Fractures: A Systematic Survey of Current Practice and Recommendations. JBJS Rev. 2019;7(2):e1.

Özdemir G, Yılmaz B, Kömür B, Şirin E, Karahan N, Ceyhan E. Treatment preferences in Turkey for open fracture of the tibial diaphysis. Acta Orthop Traumatol Turc. 2017;51(2):133-37.

Obremskey W, Molina C, Collinge C, Nana A, Tornetta P 3rd, Sagi C, Schmidt A, Probe R, Ahn J, Browner BD; Evidence-Based Quality Value and Safety CommitteeOrthopaedic Trauma Association, Writing Committee. Current Practice in the Management of Open Fractures Among Orthopaedic Trauma Surgeons. Part A: Initial Management. A Survey of Orthopaedic Trauma Surgeons. J Orthop Trauma. 2014;28(8):e198-202.

Odatuwa-Omagbemi DO. Open fractures: epidemiological pattern, initial management and challenges in a sub-urban teaching hospital in Nigeria. Pan Afr Med J. 2019;33:234.

Hendrickson SA, Wall RA, Manley O, Gibson W, Toher D, Wallis K, et al. Time to Initial Debridement and wound Excision (TIDE) in severe open tibial fractures and related clinical outcome: A multi-centre study. Injury. 2018;49(10):1922-26.

Gustilo RB, Anderson JT. Prevention of infection in the treatment of one thousand and twenty-five open fractures of long bones: retrospective and prospective analyses. J Bone Joint Surg Am. 1976 Jun;58(4):453-8.

Chang Y, Kennedy SA, Bhandari M, Lopes LC, Bergamaschi CC, Carolina de Oliveira E Silva M, et al. Effects of Antibiotic Prophylaxis in Patients with Open Fracture of the Extremities: A Systematic Review of Randomized Controlled Trials. JBJS Rev. 2015;3(6):e2.

Johnson JP, Goodman AD, Haag AM, Hayda RA. Decreased Time to Antibiotic Prophylaxis for Open Fractures at a Level One Trauma Center. J Orthop Trauma. 2017;31(11):596-99.

Moreno FTH, Andrade FR, Rezende LGRA, Cagnolat AF, Mandarano Filho LG, Mazzer N. Perfil das infecções nosocomiais de cirurgias ortopédicas do membro superior em hospital terciário no Brasil. Arch Health Invest. 2021; 10(4):564-69.

Oliveira FAM, Albeny TAP, Rezende LGRA, Shimaoka FJ, Cagnolati AF, Irusta AC. et al. Perfil epidemiológico das fraturas radiais distais em hospital de referência em Ribeirão Preto, Brasil. Arch Health Invest. 2020;9(3):228-32.

Albeny TAP, Vaz BAS, Rezende LGRA, Shimaoka FJ, Cagnolati AF, Irusta AC, et al. Correlação clínico-radiográfica das fraturas articulares completas do rádio distal tratadas cirurgicamente. Arch Health Invest. 2020;9(3):211-15.

Martins DR, Andrade FR, Rezende LGRA, Cagnolati AF, Mandarano-Filho LG, Mazzer N. Perfil das tenossinovites infecciosas em hospital terciário no Brasil. Arch Health Invest. 2021;10(4):554-58.

Publicado

2022-12-31

Como Citar

Ibiapina, S. L. C., Linhares, J. P. T., Cavalcante, J. C. C. e, & Rezende, L. G. R. A. (2022). Manejo de Fraturas Expostas decorrentes de Traumas: Revisão de Literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 11(5), 853–858. https://doi.org/10.21270/archi.v11i5.5875

Edição

Seção

Original Articles