Reparo ósseo perimplantar: influência da associação adesivo fibrínico/ácido tranexâmico

Resumo

Estudos têm avaliado a macro e microgeometria dos implantes dentários, bem como substitutos ósseos e abordagem cirúrgica na tentativa de potencializar o reparo ósseo periiplantar sob o ponto de vista clínico, mecânico e biológico. Avaliou-se histomorfometricamente em ratos o reparo ósseo ao redor de implantes de titânio comercialmente puro (Ti cp) associados à adesivo fibrínico/ácido tranexâmico. Foram confeccionados 40 implantes de Ti cp Grau IV com dimensões de ∅2.1 x 2.8 mm. Os implantes foram acondicionados individualmente, esterilizados com radiação gama (25 kGy) e divididos em GI (controle), GII (adesivo fibrínico), GIII (ácido tranexâmico) e GIV (adesivo fibrínico/ácido tranexâmico). Na sequência foram implantados em fêmures de 40 ratos machos (250 gramas), anestesiados (Xylazina/Ketamina) e tricotomizados em suas patas traseiras direitas. Após incisão, divulsão, acesso ao leito ósseo e perfuração com sobrefresagem (∅ 2.3 mm x 3.0 mm) sob irrigação com soro fisiológico, os leitos cirúrgicos foram preenchidos com o material destinado a cada grupo e os implantes instalados. Na sequência foi realizada sutura (fio 4.0). Os animais foram eutanasiados aos 60 dias pós-operatórios. As peças foram processadas em metilmetacrilato e coradas em Stevenel’s blue/Alizarin Red S. Foram observadas diferenças estatísticas significativas para o percentual de contato osso/implante (37.9% contra 89.7%) entre os Grupos I e IV, respectivamente. Os resultados sugerem que o reparo ósseo periimplantar foi favorecido pela associação adesivo fibrínico/ácido tranexâmico. (FAPESP N° 2013/23308-0)

Descritores: Osseointegração, Implantes Dentários, Materiais Biocompatíveis.