Diabetes e doenças periodontais: influências recíprocas

Autores

  • MM Tozzi
  • TM Correia
  • AS Cunha-Correia
  • AC Okamoto
  • RV Ranieri
  • CM Schweitzer
  • E Gaetti-Jardim Jr.

Resumo

Dentre as enfermidades de natureza infecciosa, as periodontites estão entre as mais prevalentes e devido à condição endógena da microbiota a elas associadas, o comprometimento sistêmico nesses processos pode ser bastante relevante. Nesse sentido, pacientes diabéticos parecem ter uma maior perda de inserção conjuntiva e maior dificuldade em trazer o controle da condição metabólica para níveis clinicamente aceitáveis. Esse estudo avaliou, por meio de revisão de literatura, a relação recíproca existente entre diabetes e periodontite, procurando focar na influência que o controle de uma condição exerce sobre a outra.  Foram consultados periódicos completos disponíveis em inglês nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, LILACS, PubMed, entre 1990 e 2014. De um total de 212 títulos, foram separados 38 artigos, eliminando-se as revisões de literatura, com exceção das revisões com metanálise. A literatura apresenta dados homogêneos que mostram que a diabetes mellitus é a principal condição sistêmica para o desenvolvimento da periodontite e determinante da velocidade de progressão da doença. Por outro lado, os principais patógenos periodontais são capazes de induzir processos inflamatórios persistentes que podem exacerbar os quadros de hiperglicemia, além de desarticular a resposta imunológica do hospedeiro, facilitando outras enfermidades oportunistas e agravando a condição metabólica do paciente. Entretanto, a literatura apresenta controvérsias sobre a influência do tratamento periodontal sobre os indicadores da condição diabética.

Descritores: diabetes mellitus, infecção, doenças periodontais.

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Publicado

2014-10-05

Como Citar

Tozzi, M., Correia, T., Cunha-Correia, A., Okamoto, A., Ranieri, R., Schweitzer, C., & Gaetti-Jardim Jr., E. (2014). Diabetes e doenças periodontais: influências recíprocas. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 3. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/757