Enterococos na microbiota de pacientes internados em unidades de terapia intensiva

Autores

  • AS Cunha-Correia
  • TM Correia
  • LT Moreira
  • CM Schweitzer
  • E Gaetti-Jardim Jr

Resumo

A relação entre a ocorrência de enterococos na microbiota bucal e infecções graves em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) vem sendo estabelecida. Esse estudo avaliou a presença desses cocos oportunistas na boca de pacientes mantidos em UTI, correlacionando-a com condições bucais. Foram obtidos dados referentes às condições de saúde e socioeconômicas de pacientes mantidos por mais de 72 horas em UTI, com diagnóstico de infecção grave ou que desenvolveram essa condição após entrada na referida unidade. Cinquenta pacientes forneceram amostras clínicas intrabucais e extrabucais para análise. A presença dos microrganismos alvos foi realizada pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e por cultura empregando-se meios seletivos. Os testes de Qui-Quadrado e de Mann-Whitney foram utilizados na análise estatística, e o nível de significância foi de 5%. As condições clínicas intrabucais dos pacientes se mostraram precárias. E. faecalis foi o microrganismo significativamente mais frequente, seguido de E. faecium. O uso de antimicrobianos com amplo espectro de ação mostrou-se associado à presença desses microrganismos oportunistas. Essas bactérias foram mais frequentes nos pacientes com periodontite ou gengivite. Os resultados mostraram que os enterococos associados aos processos infeciosos graves podem se originar da microbiota residente dos pacientes e que sua prevalência não é elevada em indivíduos saudáveis.

Descritores: Strepto-Esterococcus, Infecção, Doenças Periodontais.

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Publicado

2014-10-05

Como Citar

Cunha-Correia, A., Correia, T., Moreira, L., Schweitzer, C., & Gaetti-Jardim Jr, E. (2014). Enterococos na microbiota de pacientes internados em unidades de terapia intensiva. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 3. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/761