Influências de processos infecciosos e inflamatórios periodontais e gravidez

Autores

  • GS Reis
  • TM Correia
  • AS Cunha-Correia
  • AC Okamoto
  • RV Ranieri
  • CM Schweitzer
  • E Gaetti-Jardim Jr.

Resumo

A associação entre recém-nascidos de baixo peso e prematuros e as condições periodontais das mães passou a chamar a atenção a partir de 1990, embora muitas controvérsias e dominassem o cenário das discussões. Esse estudo objetivou apresentar as principais evidências que ligam as periodontites e demais condições inflamatórias bucais ao período gestacional.  Para tanto, fez-se uma análise da literatura disponível em inglês nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, LILACS, PubMed, entre 1995 e 2014, relacionando essas variáveis. A partir de 112 artigos sobre o tema, foram selecionados 42, eliminando-se, entre outros, os artigos de revisão e aqueles que não descreviam a condição periodontal dos pacientes de forma clara e objetiva. Os dados disponíveis de fato indicam que eventos inflamatórios bucais interferem com a condição sistêmica e com a dinâmica da placenta, induzindo o parto prematuro. Os mecanismos envolvidos no processo parecem ser variados, desde a difusão de produtos metabólicos microbianos até a placenta, como a invasão direta dessa última por periodontopatógenos, que induz potente inflamação placentária. O processo ainda pode levar a uma condição de eclampsia, reduzindo a nutrição fetal e aumento da mortalidade do feto e da mãe. A literatura evidencia que, embora a extensão dos danos provocados pela condição inflamatória bucal ainda não possa ser avaliada, ela é severa a ponto de constar como um dos principais fatores interferentes no processo gestacional.

Descritores: Gravidez, Eclampsia, Doenças Periodontais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2014-10-06

Como Citar

Reis, G., Correia, T., Cunha-Correia, A., Okamoto, A., Ranieri, R., Schweitzer, C., & Gaetti-Jardim Jr., E. (2014). Influências de processos infecciosos e inflamatórios periodontais e gravidez. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 3. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/767