A relação entre a exodontia de terceiros molares inferiores e as fraturas mandibulares. Relato de caso

Resumo

As fraturas mandibulares durante ou após a extração dos terceiros molares inferiores são raras. Vários fatores estão associados a um maior acometimento deste local, como presença do terceiro molar, por ser região de alavanca e ainda fatores como dentes impactados, osteoporose, lesões, atrofia mandibular ou infecção óssea local. Este trabalho objetivou relatar dois casos clínico-cirúrgicos, sendo o primeiro caso de paciente de 52 anos de idade, sexo masculino, admitido na Santa Casa de Araçatuba, relatou ter sofrido fratura acidental de mandíbula durante extração do dente 38. Por meio do exame clínico intrabucal, extrabucal e exame radiográfico panorâmico constatou-se fratura composta e com deslocamento na região de ângulo mandibular. O tratamento foi feito por meio da fixação interna, utilizando 2 placas e parafusos de titânio. O segundo caso trata-se de uma paciente de 42 anos de idade, sexo feminino, relatou dor na região de ângulo mandibular esquerdo. Na tomografia computadorizada, inclusão do elemento 38 com íntima relação das raízes com a base mandibular. A cirurgia foi realizada sob anestesia local, em que os passos cirúrgicos de osteotomia, odontossecção e luxação dentária foram confeccionados de forma criteriosa, o que permitiu não ocasionar a fratura mandibular, além de preservar o nervo alveolar inferior. Desta forma, conclui-se que o cirurgião dentista deve atentar-se aos princípios cirúrgicos durante as extrações de terceiros molares inferiores, evitando complicações, como as fraturas mandibulares. Caso aconteça, a sintomatologia e os exames imaginológicos são fundamentais para o diagnóstico e estabelecimento do plano de tratamento satisfatório.