Oral 05: O descarte dos resíduos do serviço de saúde (rss) na Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP

Autores

  • Eduardo Moure Cícero
  • Isabel Cristina Lui Poi
  • Wilson Roberto Poi
  • Ana Maria Pires Soubhia
  • Paulo Henrique de Souza
  • Cláudio Vendrame
  • Antônio Carlos de Carvalho

Resumo

No Brasil, cerca de 120 mil toneladas de lixo urbano são geradas por dia, sendo que de 1% a 3% dessa quantidade é produzida nos estabelecimentos de saúde. Desse total, entre 10% a 25% representam risco à saúde. Com a destinação correta do resíduo é possível também reduzir a possibilidade de contaminação do lixo comum. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu regras nacionais sobre acondicionamento e tratamento dos resíduos do serviço de saúde, da origem ao destino (aterramento, radiação e incineração) atingindo hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios, necrotérios e outros estabelecimentos de saúde. O objetivo da medida é evitar danos ao meio ambiente e prevenir acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação desses resíduos. De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos são classificados como: Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção, como bolsas de sangue contaminado; Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade (medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X); Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear; Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis; Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro1. A temática é de extrema importância e está diretamente relacionada à mudança de hábitos. Em trabalho publicado em 2014, os autores destacam que, embora a aprendizagem teórica dos alunos tenha melhorado, após um trabalho teórico de educação, não foi suficiente para mudar comportamentos estabelecidos por valores culturais ou para incentivar os alunos a separar e embalar adequadamente os resíduos2. Vale lembrar que, para o correto descarte de resíduos hospitalares é preciso que haja: (a) formação específica; (b) estreita supervisão; (c) vigilância diária; (d) auditorias; (e) envolvimento dos administradores do estabelecimento de saúde e; (f) avaliações regulares3. Em razão disso, é proposta deste trabalho apresentar a destinação dos resíduos gerados pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, considerando os valores gastos e a quantidade de resíduos (em kg), com o objetivo de esclarecer a comunidade e, ao mesmo tempo, discutir mudanças culturais e comportamentais para o aperfeiçoamento constante do descarte de resíduos pela instituição de ensino em saúde.

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Referências

O Setor em Notícias – Disponível em: < http://www.hospitalar.com/ arquivo_not/not1019.html>. Acesso em: 19 de jan. 2015.

VICTORELLI G.; FLÓRIO, F.M.; RAMACCIATO, J.C.; Motta, R.H.; DE SOUZA FONSECA SILVA, A. Impact of pedagogical method on Brazilian dental students' waste management practice. J Dent Educ. 2014;78:1528-33.

JOSEPH, L.; PAUL, H.; PREMKUMAR, J.; RABINDRANATH, Paul R.; MICHAEL, J.S. Biomedical waste management: Study on the awareness and practice among healthcare workers in a tertiary teaching hospital. Indian J Med Microbiol. 2015;33:129-31.

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Publicado

2015-01-29

Como Citar

Cícero, E. M., Poi, I. C. L., Poi, W. R., Soubhia, A. M. P., Souza, P. H. de, Vendrame, C., & Carvalho, A. C. de. (2015). Oral 05: O descarte dos resíduos do serviço de saúde (rss) na Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 4. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/858