Qualidade de vida de agentes de segurança penitenciária
Abstract
O Brasil tem a oitava maior população carcerária por habitante, chegando a 227 presos para cada 100 mil habitantes. O fundamental no trabalho dos agentes de segurança penitenciária (ASP) é impedir que haja fugas e rebeliões nas unidades prisionais. O objetivo desse trabalho foi analisar a produção científica acerca da qualidade de vida (QV) dos ASP no Brasil. Tratou-se de uma revisão de literatura em base de dados (SciELO e LILACS). Verificou-se que a vida cotidiana dos ASP está condicionada por exigências impostas pela administração prisional, por dificuldades em conciliar vida no trabalho e vida fora do trabalho, falta de perspectiva de ascensão aliada à desvalorização profissional, pressão por trabalhar em turnos, por ser uma área de tensão específica e o risco de vida para o próprio e para os outros. O desinteresse pela qualidade da saúde dos trabalhadores no sistema penitenciário é histórico e é justificado pelo status de auto-suficiência, ou seja, o protetor não necessita de proteção e a inserção em um sistema de poder absoluto requer a negação e a ocultação de fragilidades. Ademais, denota-se a carência de serviços de atenção à saúde, capazes de prevenir ou minorar o sofrimento desse grupo de trabalhadores. Cabe lembrar a necessidade de acompanhamento e apoio aos serviços especializados dos setores de segurança pública, assim como o incentivo à realização de pesquisas empenhadas em nos fornecer dados mais aprofundados sobre a questão da saúde e QV do ASP, visto ser uma das profissões mais estressantes da atualidade.Downloads
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Published
2013-10-28
How to Cite
Jurado, S., Leão, B., Carvalho, L., Oliveira, S., Góis, J., & Rosa, D. (2013). Qualidade de vida de agentes de segurança penitenciária. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.2). Retrieved from https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/263