Saúde bucal de pacientes com dependência química submetidos a programas de desintoxicação no oeste paulista
Abstract
Apesar do conhecimento de que a dependência química produz diversas modificações na boca, os profissionais de saúde normalmente não diagnosticam essas alterações e, quando o fazem, raramente associam-nas à dependência de agentes químicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as condições bucais de dependentes químicos, de ambos os sexos, atendidos em programas de desintoxicação. Exames clínicos das condições dentárias e periodontais e necessidade de atendimento odontológico foram registrados em 279 dependentes e 1109 não dependentes. Verificouse a presença de enfermidades envolvendo os tecidos moles bucais e, quando indicado, realizava-se a biópsia das lesões para a obtenção de diagnóstico definitivo. Prevalência e análise de risco foram feitas utilizando-se as estatísticas de Cochran e Mantel-Haenszel para variáveis dicotômicas ou teste de Qui-quadrado de Pearson para análise de proporções quando as variáveis possuírem três ou mais categorias. Os níveis de significância adotados nos testes foram iguais a 5%. O consumo de drogas lícitas ou ilícitas ocorre em associações, de forma que não foi possível determinar o efeito de cada droga, isoladamente, sobre as condições bucais dos pacientes. Constatou-se que a dependência química se mostrou associada á ocorrência de xerostomia, cárie de superfícies lisas e cervicais, inflamação gengival, retardo do processo de reparo, além de estomatites, polidipsia, infecções endodônticas e periapicais e outros quadros infecciosos. Concluiu-se que a necessidade de tratamento restaurador e cirúrgico entre os pacientes dependentes é maior, em comparação com demais pacientes.Downloads
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Published
2013-10-28
How to Cite
Oliveira, P., Silva, J., Nunes, G., Akabane, S., Okamoto, A., Ranieri, R., Schweitzer, C., & Gaetti Jardim Jr, E. (2013). Saúde bucal de pacientes com dependência química submetidos a programas de desintoxicação no oeste paulista. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.2). Retrieved from https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/272