Abordagem clínica com implantes osseointegráveis na síndrome da combinação de Kelly
Abstract
A síndrome da combinação, descrita por Kelly em 1972, apresenta-se a partir de um conjunto de características marcantes que ocorrem quando uma maxila desdentada se opõe a dentes anteriores inferiores naturais. Esta condição clinica é mais comumente encontrada em pacientes que fazem uso de prótese total superior que oclui com dentes naturais anteriores inferiores e prótese parcial removível bilateral inferior. Diferentes propostas de tratamento foram apresentadas e descritas ao longo dos anos e todas convergem para a necessidade de restabelecer contato oclusal posterior e minimizar os efeitos adversos do contato anterior entre dentes naturais inferiores e dentes artificiais em resina acrílica das próteses totais superiores. Considerando que a associação de Prótese Total Superior e Prótese Parcial Removível Inferior pode ser um dos fatores desencadeantes da Síndrome da Combinação, este trabalho tem por objetivo demonstrar as características clínicas e apresentar uma forma de tratamento, por intermédio de um relato de caso clínico, devolvendo função, fonética e estética ao paciente. Relato de Caso: Paciente N.R.M, sexo feminino, 64 anos, procurou a Universidade Brasil, com a queixa principal de insatisfação de sua prótese dentária, quanto à sua estética, adaptação e função. A paciente era desdentada maxilar e classe I de Kennedy mandibular, e utilizava próteses removíveis total (PT) e parcial (PPR), respectivamente para reabilitar os arcos. Ao exame clinico observou-se aumento volumétrico da tuberosidade maxilar bilateralmente e hiperplasia no rebordo anterior da maxila. Após a análise dos dados clínicos e radiográficos a paciente foi diagnosticada como portadora da Síndrome da Combinação. Foi proposto como tratamento a remoção cirúrgica do túber e da hiperplasia.
Descritores: Prótese Total; Prótese Parcial Removível; Síndrome de Combinação; Síndrome de Kelly.