Traumatismo recorrente na dentição decídua e suas implicações: relato de caso

Autores

  • Laura Imbriani Bento Departamento de Odontologia, Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, 14096-900 Ribeirão Preto – SP, Brasil
  • Carla Oliveira Favretto Departamento de Odontopediatria, Faculdade Morgana Potrich, FAMP, Mineiros – GO, Brasil
  • Marcelle Danelon Departamento de Odontologia, Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, 14096-900 Ribeirão Preto – SP, Brasil/ Departamento de Odontologia Preventiva e Restauradora, Faculdade de Odontologia, UNESP Univ. Estadual Paulista, 16015-050 Araçatuba – SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i5.5084

Palavras-chave:

Traumatismos Dentários, Fístula, Criança

Resumo

O objetivo do presente estudo foi relatar um caso clínico de subluxação, seguida de trauma recorrente, bem como complicações clínicas, radiográficas e plano de tratamento. Paciente do gênero feminino, 4 anos e 5 meses de idade, compareceu à clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA/UNESP), Brasil, cuja mãe relatava o aparecimento de “bolinha” na região superior do dente 51 e 61. Durante anamnese, a mãe relatou que a criança havia caído há 12 meses e batido o dente 51 apresentando sangramento, leve mobilidade e fratura corono-esmalte, e que segundo a odontopediatra que atendeu a criança no momento do trauma, se tratava de subluxação, e há 2 meses houve trauma recorrente. Ao exame clínico observou-se alteração na coloração do dente 51 associado à fratura corono-esmalte, fístula e mobilidade. Já no dente 61, presença de fístula e mobilidade. A análise radiográfica mostrou reabsorção radicular extensa do dente 51 e 61, ambos com rompimento da cripta óssea do germe dos dentes permanentes 11 e 21, associado a lesão periapical, denotando necrose pulpar. O plano de tratamento instituído foi a exodontia dos dentes 51 e 61, seguido pelo acompanhamento clínico e radiográfico. Embora a subluxação não seja caracterizada como um trauma severo, é importante informar aos pais/responsáveis pela criança sobre ao acompanhamento longitudinal, uma vez que no futuro consequências mais severas podem ocorrer, e dessa forma quando diagnosticada precocemente, a alteração, é passível de tratamento efetivo e satisfatório, levando à preservação do dente até o momento de sua esfoliação.

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Publicado

2021-05-31

Como Citar

Bento, L. I., Favretto, C. O., & Danelon, M. (2021). Traumatismo recorrente na dentição decídua e suas implicações: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(5), 824–828. https://doi.org/10.21270/archi.v10i5.5084

Edição

Seção

Original Articles