Impacto de antimicrobianos no meio ambiente e a disseminação de genes de resistência em áreas altamente antropomorfizadas
Resumen
Quantidades elevadas de antibióticos e quimioterápicos vêm sendo liberadas no solo e nos corpos hídricos, principalmente na forma de esgoto, ao mesmo tempo em que o número de óbitos por microrganismos multirresistentes aumentou cinco vezes entre 1990 e 2017. Os autores objetivaram discutir a seleção de microrganismos resistentes em corpos hídricos altamente impactados pela presença de esgoto, como o rio Amarelo e o rio Tietê, por meio de revisão de literatura. Para tanto, 61 artigos obtidos junto às bases de dados SciELO, BIREME, MEDLINE, LILACS e PubMed, publicados entre 2004 e 2017, foram consultados. Observou-se uma correlação entre o destino dos efluentes domésticos e a distribuição dos principais genes de resistência, em particular para os β-lactâmicos e macrolídeos. Em alguns países asiáticos, além das aglomerações urbanas merece destaque também as áreas com granjas de suínos, onde a presença de diferentes genes tetreflete o uso extenso das tetraciclinas como promotores de crescimento. A literatura também sugere que as comunidades microbianas acabam sofrendo grande impacto e acabam permitindo a transferência desses marcadores nos corpos hídricos. O Brasil, mesmo com regimes de chuvas e clima que favorecem a eliminação desses marcadores gênicos do ambiente, também mostra contaminação elevada, principalmente na região litorânea e no centro-sul, enquanto na região amazônica observa-se uma marcada ocorrência de microrganismos resistentes a mercúrio, mas os dados disponíveis sobre os marcadores de resistência são bastante precários.Descritores: Anti-Infecciosos; Meio Ambiente; Resistência Microbiana a Medicamentos; Infecção.
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Publicado
2017-11-26
Cómo citar
Sampaio, V. H. G., Gaetti-Jardim Júnior, E., & Schweitzer, C. M. (2017). Impacto de antimicrobianos no meio ambiente e a disseminação de genes de resistência em áreas altamente antropomorfizadas. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2335
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